A organização da expedição de canoa havaiana ao arquipélago de Alcatrazes, promoveu ontem (17/11), no Observatório Ambiental da Rua da Praia, um briefing do Núcleo de Gestão da ICMBio – Instituto Chico Mendes de Biodiversidades sobre o arquipélago de Alcatrazes e outro briefing técnico sobre planejamento de navegação.
Cerca de 60 remadores partiram hoje (18/11) de quatro canoas havaianas se revezando ao longo do trajeto com um iate de apoio onde ficam os remadores para a troca, a organização e também a imprensa.
A concentração que aconteceu às 4h30 na Praia Grande, com largada às 5h. A travessia inédita ao conjunto de ilhas localizada a 40km na costa de São Sebastião terá grandes nomes do esporte. Trata-se da primeira expedição ao local em cerca de 40 anos, visto que Alcatrazes está fechado pela Marinha desde a década de 80 e será aberto ao público em janeiro de 2018.
A expedição conta com a organização da Prefeitura de São Sebastião e tem a autorização do Núcleo de Gestão da ICMBio.
De acordo com a responsável pela expedição, Geórgia Michelucci, é uma honra fazer a abertura turística a esse local, principalmente remando. “Poder ir para esse refúgio a remo e desbravar novos mares, longas travessias, reflete o espírito da canoa havaiana, que já tem mais de cinco mil anos de descobrimento e até hoje é usada pelos povos e tratada como ente da família”, disse ela, que avisou que a previsão de retorno é para as 17h.
Segundo um dos remadores, Felipe do Nascimento dos Santos, o pessoal está bastante ansioso. “Estamos empolgados, todos somos caiçaras e nenhum de nós conhece Alcatrazes. A gente pretende dar o máximo para isso acontecer, o tempo não está ajudando muito, mas vai rolar”, comentou.
O local, que possui 67 mil hectares e 13 ilhas, foi usado como tal até o ano de 2013, há um ano foi oficializado como refúgio de vida silvestre e será liberado ao público geral para o ecoturismo a partir de janeiro de 2018 através de uma portaria publicada pelo Governo Federal no fim de setembro.