O Núcleo de Educação Permanente da Secretaria de Saúde e Fundação de Saúde Pública de São Sebastião realizou a 2ª Oficina do Projeto de Construção do Conhecimento do SUS. O encontro foi organizado em parceria com o Núcleo de Educação Permanente e Humanização em Saúde do Centro de Desenvolvimento e Qualificação para o SUS do Departamento Regional de Saúde de Taubaté (DRS) XVII e do Centro Formador de Pessoal para a Saúde (CEFOR) São Paulo.
Segundo a Secretaria de Saúde, um dos principais objetivos deste processo de oficinas é estabelecer, de forma coletiva, estratégias para execuções de ações de educação permanente nos locais frente às atuais demandas do Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda de acordo com a Secretaria, através das oficinais estão sendo definidas ações com todos os envolvidos para avaliação do processo de implementação.
A palestrante e coordenadora do Programa de Estudos em Sistemas de Saúde do Núcleo de Políticas Públicas da Unicamp (PESS/NEPP) da Universidade de Campinas (Unicamp), Dra Carmem Lavras, abordou o tema Sistema Único de Saúde (SUS) e os desafios que estão colocados hoje para o fortalecimento do Sistema, principalmente no que diz respeito à Atenção Básica. “Discutimos sobre a concepção de sistema de saúde, os avanços que tivemos e os desafios em relação aos ajustes que precisam ser feitos. O modo de vida das pessoas mudou, com o impacto da tecnologia da informação e da comunicação, da mudança do perfil demográfico e do perfil epidemiológico, expressa novas necessidades de saúde e exige mudanças no sistema. Discutimos essas mudanças que devem acontecer, mas é um processo longo”, comentou.
Para enfermeira do Posto de Saúde da Família (PSF) Boiçucanga I, Andreia Moreira, o tema foi bastante relevante. “Concordei com muitos assuntos debatidos aqui hoje, e só fortaleci a ideia que já tinha de que somos nós que fazemos a saúde acontecer e precisamos nos adequar às necessidades do paciente”, comentou. Andreia ressaltou mudanças que vem acontecendo no PSF Boiçucanga I. “Antes a agenda do Posto abria e fechava no mesmo dia, apenas um dia por mês. Depois de um decreto da Secretaria de Saúde a agenda tem que ficar aberta o mês inteiro, então o paciente consegue marcar o dia que quiser. Diminuímos as filas, os atendimentos melhoram e as esperas diminuíram”, contou. Ainda segundo a enfermeira, há um trabalho de acolhimento com triagem para identificar a necessidade do paciente antes de marcar a consulta.