Após uma denúncia anônima, fiscais da Vigilância Sanitária com o apoio da Divisão de Inspeção Sanitária da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM), e fiscais de Posturas, interditaram na última quarta-feira (19/12) uma fábrica de gelo que funcionava de maneira irregular no Canto do Mar, Costa Norte do município.

 Segundo a Vigilância Sanitária, o estabelecimento funcionava sem alvará e licenças necessárias para funcionamento como, por exemplo, licença para fabricação e distribuição de gelos.  

A fábrica será autuada, o que irá gerar penalidades de multa de acordo com os agravantes de irregularidades que o estabelecimento apresentou. De acordo com a Vigilância Sanitária, o local permanecerá interditado enquanto não regularizar sua situação. Todo o produto encontrado na câmara frigorífica, mais de 1200 sacos de cinco quilos, foram inutilizados e as embalagens descartadas.

“Quanto à multa o interessado tem um prazo de dez dias para interposição de recurso. Posteriormente será realizada uma nova avaliação das agravantes e atenuantes, para impor a penalidade do valor da multa”, explicou a diretora da Vigilância em Saúde, da SESAU, Fernanda Paluri.

Ainda segundo a diretora, uma equipe da Sabesp foi acionada para conferência da origem da água, que era utilizada para fabricação dos gelos. “Nós acionamos uma equipe da Sabesp, pois quando ligamos a torneira de água o hidrômetro (aparelho com que se mede o consumo de água) não rodou, então houve uma suspeita de que poderia ter outro sistema alternativo de água. A equipe constatou que o hidrômetro estava quebrado. Foi realizada a troca e confirmado que a água realmente era distribuída pela empresa” finalizou.

De acordo com a especialista em higiene em inspeção de alimentos da SEMAN, Simone Monteiro, as fábricas de gelo são empresas reguladas pela Vigilância Sanitária porque o gelo é considerado alimento. “O gelo é um alimento, pois as pessoas vão ingerir. Então, não saber de onde vem esta água é um risco para a saúde pública, porque dependendo da água, ela pode veicular doenças. O local não atendia as normas sanitárias necessárias para a realização deste serviço, este é outro fator que traz riscos para a saúde pública”, explicou.

Para proporcionar uma maior segurança para os fiscais, a Guarda Civil Municipal (GCM) foi convidada a fazer parte da vistoria.

Serviço: A vigilância sanitária alerta que a qualquer suspeita de irregularidade, pode ser denunciada diretamente ao setor de forma anônima, através do telefone 3891-3411.