Receber o diagnóstico de câncer é um baque na vida de qualquer pessoa. A luta diária do tratamento da doença torna-se o principal desafio para quem busca a cura.
Luiz Roberto Silva conhecido como “Betão”, enxergou uma oportunidade de ajudar as pessoas que estão passando por este momento, atuando como voluntário no Hospital das Clínicas de São Sebastião há sete anos – sendo voluntário também no hospital Albert Einstein no projeto Sorria Comigo.
“quando me aposentei me senti muito sem ânimo, sem expectativas, comecei a contar histórias na ala pediátrica uma vez por semana, fiz isso por um tempo, ainda assim não me sentia completo. Certo dia, eu dei de encontro com um psicólogo da ala de oncologia, me comprometi a trabalhar neste setor e nunca mais parei”.
Projeto Mãos que Acolhem
Segundo Betão, os pacientes que faziam o tratamento quimioterápico levavam algum acompanhante, mas o café que servido era somente aos pacientes.
“Eu me sentia muito incomodado com a alimentação desses acompanhantes, pois via o desespero dessas famílias que não tinham o que comer, não tinham dinheiro, daí surgiu a ideia de montar um café solidário”.
A partir disso Betão, criou um projeto para servir café aos acompanhantes dos pacientes, ideia que foi aprovada e abraçada por mais voluntárias - Ana Maria Batelochi, Luciare Selda Soares e Vânia Cavalcante.
Juntos, os voluntários criaram o projeto Mãos que acolhem em 2017. “O projeto é realizado por meio de doações, até mesmo de pacientes, além de colaboradores comerciais. Iniciou com quatro voluntários, hoje a média são de 10 voluntários”, explicou à voluntária Luciare Selda.
Realizado nas quintas-feiras, no escritório da Provedoria da Irmandade, cerca de 70 pessoas aproximadamente são atendidos por semana, sendo 35 pacientes e 35 acompanhantes.
Além do café solidário, o projeto Mãos que Acolhem, oferece almoço, em parceria com restaurantes locais e uma cesta básica energética, que é montada com as doações que o projeto recebe.
“Eu tento passar essa parte humanizada, tento passar o meu amor, o meu carinho, e só quero receber o carinho deles. Choro de alegria, porque é a realização de um sonho, quando você consegue tirar um sorriso de alguém que está passando por essa situação, esse é o meu combustível”, finalizou Betão.