A equipe de Águas Abertas da Secretaria de Esportes (SEESP) de São Sebastião participou de um treino com o atleta Rodrigo Machado, 45 anos, que conquistou cinco medalhas na natação – duas de ouro e três de prata – em um campeonato para transplantados, na última semana.

Ele – que é bancário em São Caetano do Sul, São Paulo – enfrentou e venceu duas vezes a leucemia e, ao invés de se abater com a doença, resolveu mergulhar de cabeça no esporte.

Rodrigo faz parte de um time que virou símbolo do enorme avanço ocorrido no universo dos transplantes. Até algumas décadas atrás, as chances de sobrevivência dos pacientes eram mínimas, e mesmo quem conseguia resistir tinha um dia a dia difícil. Hoje, graças ao desenvolvimento da medicina, boa parte dos operados leva uma vida normal. Alguns dão início a atividades físicas ou retomam os treinos e ficam aptos a participar de provas de alto nível.

Machado sempre gostou de esportes. Na adolescência, treinava natação e, depois, passou a praticar corrida. Em 2012, aos 40 anos, teve que parar com tudo ao ser diagnosticado com leucemia. Precisou de um transplante de medula óssea. Sua irmã prontificou-se a fazer a doação e, por sorte, os exames apontaram 100% de compatibilidade. Dois anos mais tarde, porém, descobriu um novo tumor no sangue, o sarcoma, e teve que se submeter à quimioterapia novamente.

O tratamento foi difícil, até porque sua medula não era original. Em 2016, ainda em recuperação, voltou a nadar e, em oito semanas, começou a competir. Há dois campeonatos mundiais de transplantados previstos para 2018 e ele está se preparando para participar deles.